quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mais uma aula






Eu, não tendo o que fazer, irei começar uma séries de crônicas, a primeira, não sei quanto a regularidade mas, tá ai, espero que gostem.

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             Mais uma aula-tortura estava chegando ao fim, as expressões de “O que é isso” e de “Nossa, que tédio” eram eminentes em quase todos.

          - FERRO OU FERRI !? – Pergunta gritando o “professor”.

          - FERRI – Em coral se dá como resposta.



            Como exceção, essa aula o não-entendimento era menor, porém, parece que o tempo não passava.

            - VOCÊ!!! – De repente gritou o “professor” – Me assustei, mas, não era comigo, a propósito, “professor” entre aspas porque tenho minhas dúvidas quanto ele ser ou não um nazista-terrorista desfasado, pois bem, ele no quadro escreve sobre nomes de sais ou bases, não sei, não estava prestando atenção. O Mateus do meu lado começou a cantar “Química” (Os Paralamas do Sucesso).

            O “professor” percebe que o Gabriel estava conversando com a Barbara, e pede, com toda a gentileza de um nazista-terrorista que eu suspeito que ele seja, que eles respondam algo que está no quadro.

          - DIGA!! – Falou o “professor”.

          - É... Bicarbon... É.. – Gaguejou o Gabriel.

           A sala em silêncio e apreensão espera uma resposta. Barbara chuta uma resposta no lugar do Gabriel, parece certa, o professor confirma que sim, agora, a vez do Gabriel, comentários sobre uma possível resposta surgem ao meu redor.

         - DIGA!!! – Com toda gentileza acima descrevida fala, o “professor”.

         - Ca2Po4 – Chuta, Gabriel.

         - PRONTO!? – Pergunta.

         Fazendo a devida correção no quadro e fazendo sinal de negatividade com a cabeça ele diz que quer o nome dos dois, expressões de “agora já era” e “Se f*deram” dar-se na turma.

         O Mateus, o mesmo que cantara linhas acima, percebe que eu estou escrevendo, comento com ele sobre isso, ele volta a copiar e eu penso no que deve ter para o almoço, o Giuseph vira e percebe que escrevo, comento novamente sobre isso.   

        De repente, parecendo menos terrorista, defende o uso de calculadoras em provas de vestibular.

       Surpreendo-me.

      - VAMOS A CHAMADA – subitamente, é assim que ele encerra a aula.

      - Sobrevivemos!!! – Comemora o Mateus.
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