terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Restaurante no Fim do Universo


Bem, lá vamos nós novamente...

Tudo começa com nossos queridos personagens saindo da falida fabrica de planetas, Magrathea, a bordo da nossa querida Coração de Ouro, indo fazer uma parada para o lanche no nosso querido restaurante no fim do universo (restaurante deveras peculiar, mas isso falaremos mais adiante), acabaram "esbarrando" na mesma nave Vogon (essa por sua vez nem tão querida) que havia destruído a Terra momentos antes (para ser mais exato no livro anterior (para ser ainda mais exato na página 44)).
Até então, por falhas técnicas, eles não puderam fugir dos seres mais mal-humorados, burocráticos, intrometidos e insensíveis da galáxia, pois o seu computador central estava muito ocupado em uma tarefa de extrema importância: produzir uma xícara de chá. Por um milagre, ou devo dizer, por uma intervenção piedosa de Zaphod (não o presidente (ex a essa altura do campeonato), mas sim o seu avô (sim, o avô também se chama, ou chamava, Zaphod, entretanto, Beeblebrox IV)).
Zaphod e Marvin vão parar em nada mais nada menos que a editora do guia do mochileiro das galáxias, por coincidência, é onde trabalha Zarniwoop (que não vai se revelar muito relevante). Após essa visita, seguem até Frogstar B, pegando carona no próprio prédio da sede que fora arrastado até lá, onde Zaphod enfrenta a Vórtex da Perspectiva Total, o que teoricamente, deveria lhe causar danos, mas como coisas normais não são comuns de acontecer com Zaphod ele sai ileso.
 Inexplicavelmente (ou não), enquanto Zaphod conversava com Zarniwoop, uma miniatura da Coração de Ouro começou a se transformar até ficar com o tamanho original, um detalhe adicional: essa miniatura estava no bolso de Zaphod (sendo ela a própria original, onde estavam a esperar-lhe Trillian, Ford e Arthur). Logo em seguida Zaphod deu um soco em Zarniwoop e viajou na nave que a minutos antes estava em seu próprio bolso (em que outro lugar isso seria possível senão na cabeça delirante de Douglas Adams?). Indo parar alguns segundos depois no famoso (pelo menos no livro) Milliways, O Restaurante no Fim do Universo, o restaurante que se localiza quando o universo acaba (e não onde, como fomos induzidos a pensar).
Chegando ao Milliways,  foram servidos por ninguém mais ninguém menos que o próprio prato do dia: um boizinho muito simpático e suculento que se ofereceu como jantar, após muita insistência, Arthur consegue uma salada, porém, mesmo não concordando com a ideia  de comer um animal que se oferecia para ser seu jantar, o boi se mata satisfeito (porém não foi necessária preocupações já que foi uma morte bem humanitária), matando também a fome de Ford e Zaphod (que por sua vez, gostou bastante do animal ser bem resolvido quanto a ideia de se matar para servir de refeição). No mesmo restaurante também jantava o Thor (não o filho de Eike Batista, e sim o de Odin),porém ele também não se revelou relevante (pelo menos até aqui). Também no Milliways está o famosíssimo (pelo menos no livro) Hotblack Desiato, o mais barulhento "ajuitarrista" da galáxia, integrante da maior, mais barulhenta, mais rica banda de rock da história em si, a Disaster Area.
Como alternativa para sair do Milliways Zaphod e Ford, com a ajuda de Marvin, que estava lá desde que Zaphod fugiu do prédio da sede do guia deixando-o la (a milhões de anos, a bilhões de anos, a trilhões de anos, a muitos, muitos, muitos anos), eles roubam uma nave, mais especificamente, a nave do Desiato e descobrem, da pior maneira possível que essa nave tinha uma rota pré-definida, e o destino era o sol de Kakrafoon .
Fazendo a viagem de volta no tempo, eles já estavam perto da morte quando de repente, em uma das vezes que Arthur "caiu" na parede por conta das fortes turbulências, conseguiram achar o tele transporte da nave, mas nem tudo são flores, pois deixaram o pobre Marvin lá novamente para operar o aparelho. Acabando por irem parar em lugares diferentes, Arthur e Ford vão para uma gigante nave de transporte de "cadáveres". Enquanto Trillian e Zaphod vão parar na abandonada Coração de Ouro, que a essa altura estava sendo comandada por Zarniwoop (aquele cara que não é, ou era, relevante). Zarniwoop leva-os para o planeta onde vive o ser que controla o universo (ser este deveras peculiar, devemos dizer), um homem que acha que vive com um gato (ou será que ele realmente vive? Não sabemos bem ao certo).
Cego por sua ambição de saber a pergunta correta sobre o sentido da Vida, do Universo e Tudo Mais, Zarniwoop não percebeu que enquanto ele trocava ideias com aquele peculiar ser, havia sido abandonado por Zaphod e Trillian naquele pequeno planeta (voltando assim, a ser irrelevante para a história). Já Arthur e Ford vão parar em uma estranha nave de 3 Km de comprimentos que carregava pessoas em estado de criogenia, pois estavam fazendo uma viagem muito longa para um planeta muito distante.
Fazendo parte de sua tripulação "morta": milhões de cabeleireiros, limpadores de telefones, vendedores de apólices, gerentes de RH, entre outros. Eles estavam em uma expedição para colonizar outro planeta, já que o deles estava condenado. Dentre os possíveis motivos para tal condenação, ser engolido por um bode mostrou-se mais plausível, se não levasse em conta que, teria a grande chance, de ser apenas armação para que fossem embora do planeta. 
Após 5 anos de vivencia nesse novo planeta recém-colonizado, Arthur e Ford vão buscar entender a vida, o universo e tudo mais, ou o próximo livro da série. 


Continua...



Opinião:

No primeiro livro que eu achei que no inicio havia algumas partes desinteressantes e fiquei perdido no capítulo que começa a falar de Zaphod. Já nesse segundo volume eu admito que do começo ao fim eu o achei interessante e bem explicado em todas as partes. Ele já inicia continuando o livro anterior (que teve um final espetacular) o que já nos deixa empolgados para querer saber o restante. Em vários momentos ele descreve a cena com bastantes detalhes dando para imaginar tudo com perfeição (quase se é possível enxergar) como por exemplo nas partes do restaurante e da nave dos colonizadores. Também fiquei particularmente envolvido com a critica que Douglas faz a forma como são tratados e abatidos os animais, pois ele conseguiu colocar "nosso" pensamento sobre o assunto de uma forma ridícula quando brinca com a ideia do boi que quer ser o jantar, não é possível imaginar que um ser vivo queira doar sua própria vida apenas para que seja feita uma refeição em um restaurante chic.
Não teve algo que cheguei a não gostar, mas achei um pouco falha a ideia de que Zaphod foi capaz de fazer todo o plano perfeito de roubo da nave e de tornar-se presidente mas não foi capaz de imaginar que poderia ficar contra o próprio plano. Também acredito que Trillian fica muito desfocada, apesar de estar sempre junto dos personagens principais, sempre aparece como uma mera figurante.
 
                                                                                   Lucas Silva




Com um inicio um pouco monótono o livro mostrou-se envolvente no decorrer da sua narrativa. Sempre criticando, como ao citar "morte humanitária", enquanto os personagens estava no Milliways. Douglas Adams mostrou, a exemplo do outro livro, o quanto insignificantes somos em relação ao universo, de uma maneira característica, sempre banhada por uma enorme dose de sarcasmo. Nesse volume há a presença da viagem no tempo, um elemento que - na minha opinião - , ajudou a tornar a leitura mais interessante (principalmente se você gostar de ficção e viagem no tempo). Nesse, a presença da "divisão" dos personagens é bastante presente, tendo por vezes capítulos inteiros onde só há 2 dos 4 personagens principais, fazendo com que a vontade de acabar o capítulo e seguir para saber o que acontece com os outros fosse cada vez maior, tornando o livro um verdadeiro ciclo vicioso, aumentando cada vez mais a vontade de chegar ao fim e entender - parcialmente - essa aventura. O enredo prende o leitor culminando com um final perturbador que nos atiça a querer o próximo livro o quanto antes. 
                                                                                                                Artur Santos













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Com a colaboração de: Lucas Alexandre 

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